(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

8ème: Sous le ciel de Paris!



Sob o céu de Paris já houve muita coisa; capítulos aos quais o livro de História dão especial relevo.

Visitando o museu do exército e o túmulo de Napoleão, imaginei quantos tramas políticas, econômicas e bélicas foram dramatizadas nesse palco. Impressionantes as armaduras medievais, vestes da cavalaria Napoleônica e, até, fardas dos soldados da Primeira e Segunda Guerra.

A Segunda Guerra, por ser tão viva em registros fotográficos e vídeos, me desperta uma constante curiosidade. Especialmente com relação à França que, após sacramentar-se vitoriosa com o Tratado de Versalhes, viu brotar um violento revanchismo alemão. Para protegerem-se, os franceses adotaram a linha Maginot, um traçado de várias fortificações, ao longo dos limites territoriais com Bélgica e Alemanha.

Contudo, as tropas do Führer encontraram uma brecha nessa linha defensiva e, com apoio de tanques e aviões, avançaram até ocupar Paris em 1940, obrigando os franceses assinarem a rendição no mesmo vagão de trem usado para o armistício da Primeira Guerra.

É chocante ver a bandeira nazista tremulando na Torre Eiffel e Hitller desfilando pelas ruas.

Durante os 4 anos de ocupação, Charles de Gaulle, refugiado em Londres, comandou um movimento de libertação, "França Livre". A partir de propaganda de resistência e campanhas militares na África (especialmente Bir Hakeim), o sentimento patriótico se revitalizou, até que o exército aliado desembarcasse na Itália e, posteriormente na Normandia. Paris foi finalmente liberada em agosto de 1944.

Após essa viagem histórica, dei-me uma pausa para um chocolate quente (inenarrável) e um doce tipicamente francês, o mont blanc, na tradicional confeitaria Angelina.

De lá, circulei a praça do Vendome, o Café de la Paix e tomei o metrô de volta a Montparnasse. Aqui, me rendi a atração que sempre esteve tão próxima: subida ao topo da torre de Montparnasse, prédio mais alto da França e de onde se tem a melhor vista da cidade. Tudo bem registrado em filme e foto.

Saindo do prédio, fui abordado por um rapaz e uma moça, perguntando se eu era católico. Convenceram-me a acompanhá-los em uma reunião carismática numa capela próxima, e deram-me uma Bíblia em francês. Foram alguns minutos de cânticos muito bonitos e uma roda de orações, algo que me comoveu muito; não conhecia nada parecido na Igreja.

Ao final, trocamos contatos e saí satisfeito por travar alguns minutos de conversa com eles. 

O antepenúltimo dia se encerra visto de cima, com uma pequena pausa reflexiva, dos perigos das guerras à    essência do amor cristão.

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