(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A casa era
Era sonho investido;
e depois tout cela
esvaziei estantes
de infâncias e tormentas
a casa era eu pequeno
sou eu, grande, longe dela
desacolhido pelas paredes.
casa em mim
eu não nela
habito só letras:
escritura além do último capítulo.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Criatura
Quando caem no papel palavras que -de tão pesadas- não se levantam
O Poeta pensa consigo:
-nasceu um verso!
colhidas e lustradas...
Ei-lo:
[aquilo que se diz poema]
Mas olhando esses vestígios dum suspiro
Ele não se encontra:
-Há tão pouco de si!
Não disfarça descontentamento:
- Criador e criatura tão infundíveis!
E consternado, rasga o papel.
E picado cada pedaço
não se sente mais livre.
não se sente menos estranho de si.
-nasceu um verso!
colhidas e lustradas...
Ei-lo:
[aquilo que se diz poema]
Mas olhando esses vestígios dum suspiro
Ele não se encontra:
-Há tão pouco de si!
Não disfarça descontentamento:
- Criador e criatura tão infundíveis!
E consternado, rasga o papel.
E picado cada pedaço
não se sente mais livre.
não se sente menos estranho de si.
sábado, 24 de julho de 2010
Maiêutica
As pessoas são chatas:
jazem nos phones, livros e concepções
receitam felicidade depressa
"há de correr porque o tempo corta"
Ninguém sabe nada de maiêutica
que é vontade de calar do óbvio
parto do silêncio
em si me brota:
silêncio imperfeito do que me incomoda.
jazem nos phones, livros e concepções
receitam felicidade depressa
"há de correr porque o tempo corta"
Ninguém sabe nada de maiêutica
que é vontade de calar do óbvio
parto do silêncio
em si me brota:
silêncio imperfeito do que me incomoda.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
tempo-quando
presente?
eu quero o amanhã agora
eu quero alguma coisa de ontem que ficou na boca
já quero ler o último capítulo.
(nem vi o átimo que passou)
presente, por favor se apresente.
eu quero o amanhã agora
eu quero alguma coisa de ontem que ficou na boca
já quero ler o último capítulo.
(nem vi o átimo que passou)
presente, por favor se apresente.
Minha serra
Quero rever minha serra,
morena,
contar arritmias nas tuas montanhas.
brincar de nuvens:
véu gelado que permeias
então descobrir-te inteira
ao arrepio da minha pele.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Serenei
Nosso tempo mais-que-perfeito
é sereno que não passa
fazes-me orvalho
gota tua, lágria.
M´anoiteces por completo
me contenta tua estrela:
tudo que resta, brilha
e repleta o riso!
terça-feira, 13 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Moinhos-de-vento
Venta frio no mundo novo
que me sussura
adentro às minhas frestas.
(vento à fronte)
gigante à minha pequeneza,
o moinho-monstro de incerteza
espalha meu resíduo de humanidade.
espalha meu resíduo de humanidade.
know-how
do you know how?
certainly?
do you? the answer...
(so deep so deep)
the word-key
that ever open your heart?
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domingo, 4 de julho de 2010
Lá na lapa
A poesia é menor
Lapa não cabe em sentido algum!
Sem-caminhos das janelas dos arcos,
aliançam desatinos
de corpos mutilados.
A Lapa é uma navalha.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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