(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Salmo número um

Cantem os exitosos
E gritarei o que me rouba o sono;
os t(r)emores de derrotas que me assolam.

Sábio quem na vileza encontra fortaleza:
aço em miudeza...

Orais, sem pedir certeza:
Bem-aventurado quem faz da dúvida sua prece.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Al di la

Não pertenço aos meios tradicionais
"amores, altares, rituais"
Nem me perco nas trilhas sociais
"sexos, drogas, rocks".

Não sou de cá nem de lá:
io sono al di la.

Não tenho o comum
Tenho lugar algum
meu lugar é um
Algum lugar além.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alaranjado


A tarde foi sumindo sem que eu percebesse.
O ano termina alaranjado.

Não sei nada mais de mim:
Não quero rever o passado nem pedir pelo futuro
(todo pedido certo que faço se realiza, e depois perde a graça)

Talvez o querer esteja além da vista
e ultrapasse as montanhas
que me escondem o mar...

Se soubesse, ao certo,
me pediria alaranjado
na graduação desses dias alheios à pressa.

Dias sem pensar

Imagem do Google


Já passei dias pensando,
esperando o tempo passar.
Atravessei noites longas
e pesadelos insones.

Mas, hoje, raia o dia
que a minha poesia
quis acordar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Sobre todos (os) nós

Imagem do Google
Eu sinto
Tu sentes
Ela sente
Nós sentimos...

Nós na existência:
(des)atados em des(a)tino.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Amanhecida

Não quero investir meus pensamentos, mas
despí-la de toda fantasia
E recebê-la in concreto
com a cara da manhã.

Acordar com silêncio:
sem música, poesia ou qualquer explicação.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dedicação

Em dedo de prosa
O poeta perde a mão
Tal qual jardineiro à rosa
Poema exige dedicação.