varando a madrugada
arranhados pelas paredes finas
desenganando o silêncio
moscam às luzes vivas dos apartamentos
Copacabana sempre fala, murmura, tumultua.
(Jamais aquelas serras verdes
onde a palavra era cara e pesada)
aqui versam em tiro curto e reto:
quanto mais os afeto
mais me acertam.
E antes de terminar o poema,
alguém chama o elevador no último andar.