(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

domingo, 26 de junho de 2011

Máximas sobre o tempo

Todo segundo é um a menos para a linha de chegada.

O rumo dita o ritmo:
nem todo domingo é necessariamente véspera de segunda-feira.

Às vezes o dia passa mais dilatado;
leveza suscita cuidado;
o que se espera, contudo, faz arder.

O possível, por enquanto:
eis a vida.

terça-feira, 21 de junho de 2011

As cem razões do mundo

Daqui ou dalí
assiste a razão;
se a palavra aquece
o silêncio olvida.

As verdades frias, cada qual na sua.

Algumas sobressaem, outras sobressaltam
de repente
em repente:

a dor corta, a chama passa
o tempo muda, a nuvem esparsa
o céu irradia
o mundo mudo contra nossa pirraça.

Há cem razões que justificam
ou razão alguma;
a vida é piada:
há que rir mesmo em desgraça.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Libertinagem número dois

Imagem do Google


As nuvens são espaços de beligerância poética
esbarrando-se na imensidão;
mais-que-tudo.

O céu da minha boca é azul
Trago versos engasgados na garganta
e ânsia de voá-los

O ar que respiro é o mesmo
em que pronuncio
minha pressa de asas,
minha sede de céu.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Proposta ao poeta...

Seria o logradouro da poesia o sumidouro do poeta?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Eterno



Eterno
é terno
é ter nó
é ter nós

éter no
Eterno

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Só, em teus braços

Esses abraços são uma pilhéria...

Não posso lutar por amor que não tive.

Amar se esvazia com intenção.

Pois vai além:
sem-querer.