(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

4ème, 5ème: Capital do Mundo!



Rumo certo no quarto dia: Giverny, casa de Monet. Finalmente conheci as ninpheas, os jardins, as paisagens tão vivas em seus quadros que, recentemente, foram cenário do filme de Woody Allen, Midnight in Paris.

Cheguei de trem, a partir de Saint Lazarre. Viagem tranquilíssima de 40 minutos a Vernon e, de lá, mais 20 minutos de ônibus a Giverny. 

Nos jardins de Monet, na ponte japonesa e diante das ninféias, não alcancei plenitude contemplativa duradoura, por conta da quantidade de turistas, crianças em excursão e, inclusive, vários brasileiros. É um cenário extremamente singelo, mas infelizmente não pude exigir alguns minutos de exclusividade ali. 

De volta, observei pela janela o bucolismo daquele pedaço da Normandia, com construções bem típicas. Imaginei quantas camadas de história existem sobre aquele lugar, uma malha entrelaçada de séculos de arte, amores e guerras. Refleti também sobre o isolamento do Pintor em Giverny, numa fase mais madura. Não vislumbrei quando estarei pronto para tal experiência - sou intensamente urbanóide. 

Talvez ousei minha "Giverny" precocemente para, ao final, concluir que a juventude demanda que estejamos no epicentro do movimento.

Já em Paris, passei pela Fnac. Impressionante a quantidade de livros, filmes, discos. Os franceses mantêm uma rotina cultural invejável. Embora aceitem tecnologia, não fazem fetiche a tablets, notebooks e celulares. Comprei duas antologias de poemas franceses e uma coleção de CD´s.

O quinto dia foi dedicado ao Louvre. O museu acolhe acervo de grandeza de valor e variedade histórica e nos dá a sensação de que durante muito tempo pensou-se seriamente em consagrar Paris como capital do mundo. Essa pretensão é atestada pela realidade: a cidade ostenta acervo histórico, intelectual, cultural, estilístico que desperta profundo interesse aos turistas do mundo inteiro.

Segui o dia na exposição de Henri Matisse, no Museu George Pompidou e, após, sentei nos arredores para observar transeuntes e artistas de rua.

Chego à metade de viagem, com algumas metas principais já preenchidas, mas descobrindo a cada dia novos pontos de interesse. E principalmente: o barato que é abandonar a aflição turística e respirar a rotina parisiense, como se fosse figurante, ermo num café ou praça.

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