(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sábado, 16 de junho de 2012

6ème, Versailles: "Qu’ils mangent de la brioche!"




Sábado, acordei bem tarde. Saí do hotel quase meio dia, debaixo de chuva e sem rumo certo. Com fome, resolvi experimentar uma creperia tradicional, em Montparnasse mesmo. O legítimo crepe francês é bem diferente do nosso, mas nas devidas proporções, é delicioso.

Com o tempo um pouco melhor, e ao lado da Gare Montparnasse, decidi me aventurar à Versailles. A viagem levou 20 minutos de trem. Na chegada, encontrei dois brasileiros; seguimos conversando até a bilheteria.

O que mais me impressionou foi a grandeza do palácio, construído por gerações de monarcas para ser o mais opulento de toda Europa. Até que, com a Revolução Francesa, o povo invadisse seus portões para, sucessivamente, condenar à morte Luis XVI e Maria Antonieta.

Fiquei ali imaginando a rotina, a grandiosidade dos rituais da corte para que, de repente, a realidade ultrapasse aquelas grades douradas e ceifasse todo o luxo, inclusive leiloando-se a mobília real.

Não obstante o heroísmo daquela revolta popular, posteriormente erigiu-se Napoleão como imperador, e novos monarcas sucederam-se na utilização do palácio, alguns mais, outros menos.

Embora represente símbolo do absolutismo e de uma aristocracia alheada do sentimento popular, Versalhes encanta pela imensidão de riqueza, nas construções e nos jardins.

Depois de alguns dias de caminhadas exaustivas, meus pés calejados fizeram jus a um aluguel de bicicleta, e pedalei pelos jardins durante uma hora. Uma experiência fascinante.

De volta a Paris, curti mais o supermercado, onde comprar brie é tão trivial quanto comprar banana no Brasil.

Agora espero escurecer, para tentar subir a torre. O dia no quase-verão é longo: o céu está claro até às 22h.

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