(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Transitório número um

Ando na rua sem tempo
Cruzo pessoas sem sentimento
Sigo, sigo, sigo.

Sopra o vento
Pinga a chuva
Desbota um pensamento

Sigo, sigo, sigo.

Uma espia, outra balbucia.
Uma se vira, outra se cala.
De que serve a fala?

Sigo, sigo, sigo.

Passa toda gente
Ínfimos traços diferentes
soam tão iguais.

[Sinal fechou:
Fazes cara de interrogação]

Mesmas caras
Inclusive as tuas
E não sei porquê te amo.

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