(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Paúra

Meu amor,
depois de grandes, temendo mergulho,
entregues ao raso
– Eu só avanço se for de boia!

Morremos de medo do durante
Morremos de medo das sobras
E viver com risco de síncope
é desconcertante.

Fico aqui, segurando os ponteiros
Dispersando a espera corrosiva
Raciocinando todo o sentido
Para que esse encanto seja praxe.

Mas é tão antinatural!
Almas rosetando, rosetando...
E a gente amarrando.
Que medo é esse que não é nosso?

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