(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Poeta em ofício


A papelada embargou a poesia.

Parece isso, parece aquilo.
(Já nem sei o que me parece, enfm!)

Debaixo da pilha processual, uma fresta
“Salvo melhor juízo:
referendei meu fm.”

Processo é sequência suicida de atos.
Brinquei que poesia fosse assim.

Um verso, então outro,
memorando-se,
tramitaram à conclusão

– óbito sem estrofe, nem rima. 

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