(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Grota Funda

Na Grota Funda revejo minha serra.

O recorte dos morros e mansidão da Guanabara.
Reatei tudo.
Visão alta, sólida, solitária.
Roçei nuvens.

Sou montanha
a tantos pés do nível do mar, seguro em rocha.
Só me incide erosão:
chuvas e assobio dos ventos.

Deixo-me soberbo.
Pauso o tempo sem aflição.
Vivo paradoxo no primeiro raio da manhã.

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