(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ano findo reflexões à tona

O ano findo e reflexões à tona. Aquela listinha de desejos, as roupas íntimas coloridas, simpatias... fizeram efeito? Vale a pena repetir os rituais ou inová-los? Fato é que nada disso importa. Toda passagem é formal sem convicção de mudança. Nem sempre mudar é uma necessidade. Às vezes é bom continuar como está: a inquietude do mundo não pode nos abater, e por nossos castelos em questão. Mas se o coração canta, é tempo de transformar. A novidade é uma pérola rara, combinação mágica de esforço e acaso. Digo: princípio da mudança é movimento, ainda que despropositado. Vale rodar o quarteirão, tão só. Whatever works? Não necessariamente algo acontece. Mas acredito no princípio do movimento. Se o planeta, em rotação faz dia e noite, e translação, estações do ano, nós, de igual modo, ditamos algum ritmo. Particularmente vivi mudanças significativas. Não acho que resultaram de um acerto. A mudança é acidente da vontade, porque nunca vem na medida exata do que se quer. Chega parecido. Por isso, é acidente e, como tal, a preocupação maior não é com acerto, mas com a tentativa. Tentar insistentemente, aceitando errar. A vontade otimista de morrer tentando: isso sim é a vida. Não vale a pena esperar por linha de chegada, pois o fim de um ciclo é impulso para outro. Nossos quereres são infinitos e a satisfação sempre estará aquém. Então vale a pena viver o sonho aos contos, na tentativa errante, de viver feliz tentando. A realização é mero detalhe!

Erro é mais humano que acerto. Acertar é coisa dos Deuses!

2 comentários:

  1. Perfeito, garoto! Até na assinatura! ;)

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  2. Pois, então, eu quero começar o ano errando.
    Tentando acertar!
    Ficar bem próxima dos deuses
    para que eles possam me levar.
    Deixarei na terra todos os meus sonhos
    Assim, mais leve, eu poderei flutuar.
    Feliz ano novo!
    com carinho
    Fátima

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