(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sábado, 5 de junho de 2010

O enterro da musa

Bebi a musa
no rigor de inverno
desterrei ao meio
teu veneno desprezei.

Não quero saber de musa.
Não mais me usa.

(esqueçam que um dia foi, que dela falei)

Sem coroa nem côrte,
amarela jaz, defunta:
no obituário do meu esquecimento.

4 comentários:

  1. Gostei. Me lembrou esse antigo, do Acre-dito:

    ---

    MUDA MUSA MUDA

    Musa
    muda
    não te quero muda
    nem musa...

    Tira essa afetação imunda
    desce do inalcançável
    e vai limpar a bunda
    dos filhos que teremos.

    Fabio Rocha - 17/08/05

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