(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Estação Glória


A estação que sempre foi parada,
desnecessária à vida,
hoje é caminho
que faz chegar mais cedo a casa

Dentro do metrô,
entre olhos,
a moreninha frágil.
Nosso cansaço quase se unindo.

(Estação Largo do Machado; desembarque pelo lado direito.)

Silêncio eloquente
Ela me acolhe, de espreita.
Ruborizo;
prefiro olhar eu,
sem resposta,
e compor ali

Uma voz mansa,
de pouco assunto e algum sotaque
De tato suave, mas com beijo áspero.

Ah, na Glória embarcar, sem querer partir.

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