Sobre a cômoda, numa caixinha
às vezes se põe a tocar:
distração de ouvir música,
espiar a bailarina convicta no ritmo.
Depois, guarda.
Não se cabe de lembrança-morta;
ou esquecimento-vivo?
Não.
Toca só mais um pouquinho!
Roda de novo, roseta na retina.
Cintila disso tudo um pouco, em átimos seguidos
com sabores de diferentes nostalgias
(acre, doce, amaro).
Enrubesce: pensamento fixo.
Fecha mais um vez
seu amor resignado
despropositado álbum:
retratos de emoções fortuitas.
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