(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Amor-de-caixinha-de-música

Sobre a cômoda, numa caixinha
às vezes se põe a tocar:
distração de ouvir música,
espiar a bailarina convicta no ritmo.

Depois, guarda.
Não se cabe de lembrança-morta;
ou esquecimento-vivo?

Não.

Toca só mais um pouquinho!

Roda de novo, roseta na retina.
Cintila disso tudo um pouco, em átimos seguidos
com sabores de diferentes nostalgias
(acre, doce, amaro).

Enrubesce: pensamento fixo.

Fecha mais um vez
seu amor resignado
despropositado álbum:
retratos de emoções fortuitas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário