As coisas mudam,
as essências ficam
dos aromas de xícaras de café
dos vizinhos de tempos de avó
Hoje nem se cruzam
falta tempo e argumento
Mas seguem unos em angustia
separados pela parede
Um dia, o vizinho atravessa carta,
debaixo da porta da vizinha
e o queixume achega doutro lado:
"Nos expomos em decotes,
e n´alma tão vestidos - só por estilo:
ah, nossos dramas nos reduzem ao nada metafísico!
Daí, não assumir o vácuo tem mais valia que convivê-lo?"
E agora passam-se: "bom-dia"
seguros que devem habitar seus vazios solitários
num edifício enorme de apartamentos
repleto de tantos vizinhos espistolares.
pela dor, pelo amor, pela sobrevivência. um dia a gente aprende a regra simples da matemática. tudo se torna menor ao ser dividido.
ResponderExcluir(mas me repreenderia o poeta! tudo, exceto o amor - já que esse compartilhamos - melhor simbiose já inventada!)
ah, já disse o quanto gostei da "fábula", não?
=)
Sim, andamos muito centrados no proprio umbigo ultimamente. Todos muito perto e ao mesmo tempo, independentes.
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