Medito, sem querer, quando:
-carimbo, enumero e certifico;
-vejo o verde;
-sou semovente pelos campos;
-deito na areia escaldante.
Se penso, logo, não medito.
Existir é não meditar.
Abandono minha existência inquieta se deixo de me pensar.
Não sou fruto do que penso, nem meus pensamentos me frutificam.
Às vezes, somos meros correspondentes;
noutras, nem entendo a ideia que me entrou sem bater.
Quisera ser o dono do meu pensar!
Mas há a musa, o trabalho, o final de semana...
O pensamento é filho do vento e eu nem quero saber de tempestade.
A meditação pode nos arrebatar sem treino, ao acaso, por mero esquecimento.
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