(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aniversário (HB ano III)

Terceiro aninho: Haja Bossa engatinha e tropeça nas próprias pe(r)nas!

(Sem cometer injustiças: o HB sucedeu outro blog, novasbossas.bloger.com, que existiu de 2003 a 2008)
 
Enxergar poesia é um exercício diário. Tal qual série de academia: às vezes bastante puxada.
 
Humanamente me curvo à incapacidade e à miopia.
 
Sempre evitei dizer-me poeta porque beiraria à jactância. É como assumir-se filósofo e patentear alguma espécie de filosofia.
 
Poeta é antes um teimoso sensível. Sensível porque é sempre capaz de perceber minúcias e sutilezas; Teimoso pois nem sempre está apto a traduzir o que sente com primor, mas ainda assim tenta.
 
Muitos poemas - e talvez os mais valiosos- decorrem do debatimento existencial. Será que devo? E o poeta faz, tirando tinta da mediocridade.
 
O quase-medíocre é o espaço mais fértil da arte. A genialidade inexiste sem ensaios.
 
Quantos textos se prestam, unicamente, a degrau de outros?
 
A poesia vive assim: consequência inevitável de todas as coisas ínfimas que nos cercam, caem do bolso, deixam de ser ditas e, principalmente, não ostentam sentido fluorescente.
 
Só por isso, o HB é um blog de poesia...

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