(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

domingo, 13 de março de 2011

Encontros número dois

Teus olhos cansados 
traziam uma vida pela frente.
Também as mãos:
adestradas à arte da espera.

Quando nos vimos houve “não”
pela silente falta de coragem,
delicadeza toda,
insegurança táctil.

Quando partimos houve “sim”
na certa dor de ausência,
querer-estar-perto
quando distantes.

Nosso amor não brotou dos dedos
[da primeira visita]
mas do relaxamento tênue, de reencontro.

Despidos de qualquer ânsia.
Despidos de tudo.

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