(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sábado, 24 de abril de 2010

Encruzilhada

Tanta encruzilhada nos teus planos,
caminhos que não findam ao pensamento...

Ser funcionário público.
Gabinete, paletó na cadeira, estabilidade.
Hora de partir e de chegar.
Feliz pagador-de-dívidas!

Ser poeta,
sem carteira-assinada,
à base de assaltos-líricos:
ser só, pó, poeta.

Viajar:
mundo nas costas.
Albergar tudo!
(atestado com fotografia)

Pode enfim, amar
em alguém querer morar,
brincar de casinha:
"o que cabe a mim, a ti, a nós, à sala-de-estar".

Um comentário:

  1. Aguardo o corretor, alguém que me compre a casa... aí vivo na mochila.

    cardiograma reto é bom pro médito, problema de poeta...

    ResponderExcluir