(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

terça-feira, 20 de abril de 2010

à primeira vista

À primeira vista nos olhássemos,
explicássemos,
silenciássemos,
ficássemos bem.

A intimidade não se adiasse,
nada ficasse a outro dia,
e logo fosse à tua esquina.

Queria tanto sem demora,
sem medidas incompatíveis,
os requerimentos e formulários.
Simplesmente fosse agora-hora.

À primeira vista, já nos soubessemos,
e assustadoramente, já nos quiséssemos
sem medo algum de culpa.

4 comentários:

  1. realmente lindo, meu amigo!

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  2. Isso deveria ser simples, né? Belo poema, amigo.

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  3. Se encurtassemos os caminhos e se não dificultassemos tanto, os caminhos não seriam turbulentos.

    Parabéns pelo poema.

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