“Finja que me esqueces
e juro que também o faço
E seguimos assim:
Justos e combinados.”
Perto de firmarem,
As partes pensam:
“O que será do pó que nos resta,
debaixo do tapete?”
E desistem do olvido tratado
Eis que assim converter-se-ia
em amor,
eternamente inacabado.
Ok, esse poeminha me leu. Intrometido.
ResponderExcluirTrato só da perpétua saudade
ResponderExcluirQue mora neste peito desditoso
Mas o queixume derramar não ouso
Com medo de que aos outros desagrade.
Se entanto de gemer me dissuade
O coração, tão cedo desgostoso,
Ordena e manda Amor que sem repouso
Tudo que sofro em canto se traslade.
Oh! triste verso meu, pois vais partindo
Por este baixo e escuro em que ando
Para espalhar o meu tormento infindo.
Ah! seja o teu destino manso e brando.
Porém, se te alguém ler acaso rindo,
Dize-lhe então que te escrevi chorando!
Soneto da Saudade, José de Abreu Albano.