(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

habeas corpus

Cais, Rudolph Junger

a liberdade da tarde
acaricia meu rosto

defronte ao prédio da Justiça

defiro alvará de soltura à palavra

antes do fim do expediente
antes que anoiteça

derradeiramente
à revelia de águas mortas
chegam-me versos engarrafados no cais da Praça XV

Nenhum comentário:

Postar um comentário