(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sábado, 7 de junho de 2014

Soneto desencontrado

O soneto com quem dormi
me amanhece sorrindo
mas a culpa não é minha
não lhe sei dar forma alguma

Sou poeta que ama o amor como matéria prima,
mas desconhece rima
e métrica, 
um acaso forçado para não pisar no pé

Dizer palavras é mais fácil que comungar silêncios
nada rima ao som do desalento 
e me fala dessa sensação

Dizer é quase um tormento
que consinto calado
só neto a teu lado 

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