Copacabana está invadida por pessoas de todos os cantos. Autoridades estimam 2 milhões e 300 mil espectadores para a queima de fogos (que durará quinze minutos). Nestes instantes que precedem um novo capítulo de nossas biografias, pensamos sobretudo no porvir: o ano velho merece ser descartado com urgência.
Eu, aqui, penso nos minutos que me restam de 2012 e na melhor maneira de escrever sua última estrofe.
Idiossincrasia pura esmerar-se nesse arremate, enquanto a massa pensa em sonhos e realizações vindouras.
O ano velho padece, satanizado, respirando por aparelhos. Talvez alguém, humildemente, reconheça que foi um bom ano, porque trocou de carro, encontrou um amor ou um novo emprego.
Mas a esmagadora maioria dos despachantes das areias de Copacabana ofertam cobranças ao mar. Querem mais, muito mais; numa sede insaciável de demandas.
Quiçá 2013, cuja numerologia já nos faz torcer o nariz (por conta de tantas maledicências ao número 13) não seja o ano dos sonhos de todos esses que esperam e pedem.
Contudo, a capacidade de desejar transcende à realização, portanto, a frustração é virtude inerente a qualquer sonhador que se preze.
Até que 2013 desperte, desejo a todos que cuidem de 2012: ainda há tempo para que esse capítulo receba um desfecho impecável!
Que venha 2013, o ano de saturno e, para além do 13, o número 6, dos laços, da família...
ResponderExcluirPromete ser um ano que nos cobrará responsabilidade!
Feliz Ano Novo, Rodosho!
Beijão!