(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Versos-mirrados

No meu deserto calado
inefável
converto silêncio em dó:
uma nota!

Que dó... ré, em mim.
(jingle do descaso)
que nem sai.
Arde feito pedra no rim.

Suspiração: o sentido que evade.
Cadê o verso?
analgesia de horas incertas
remédio da razão e vontade.

Suplico todos os dias:
se não vier a riqueza do mundo,
que não me neguem versos mirrados:
a paixão da minha vida!

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