os acontecimentos e as vontades
desimportam ao fluxo
(in)constante das cousas
nem a árvore sofre o vento
nem a erosão faz à montanha
o tal total
tudo só é
mudança
em fluxo
recorrente
de ir-se, devir-se, despir-se
(inclusive o amor é um meio só
de transporte)
a transmutação não marca nem anuncia
processos silenciosos e constantes
que não alardeiam o (per)curso
a vida é vetorial
seta sem sentido, com direção exposta
a atravessar o peito
repleto da pretensão de existir
supondo flecha, somos alvo
fazer-se melhor, então:
como a árvore na montanha
crescendo na quietude
fincando-se
lúdica e imperceptivelmente
no solo íngreme da (im)permanência
Que demais!
ResponderExcluir