Duvido o que esqueço
De um lado não é o que sou
Do outro, quanto conheço
Por entre os dois restou
Nem sou quem me lembro
Nem sou quem há em mim
Se penso em dezembro
Se creio, não há fim
Que melhor que isto tudo
É ouvir, na passagem
Aquele ar certo e mudo
Que eternece a estiagem
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