(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

acre-doce

tudo se passou em Copacabana
o pai, a avó
o vendedor de quinquilharias
a cantora fracassada da esquina
o inglês, o italiano
o comércio belle époque
e quitinetes art nouveau

tudo continua se passando em Copacabana
como calçadão de ondas 

fábrica incansável de lembranças mais rápidas que os ônibus da Barata Ribeiro
onde a realidade dura estaciona o pé na porta

e, paralelo a isso, velhinhas de cabelo multicolorido se plurificam:
enfim, somos netinhos de Copacabana

Nenhum comentário:

Postar um comentário