A Lua cansou de passar despercebida. Pôs-se tão amarela, quase vermelha: todo esforço para ganhar atenção. Nem ligou se o jogo de vôlei seria mais importante. Ou se o casal não tivesse tempo para largar o beijo. Ou se os corredores tinham pressa. Ou se o ciclista pensava nos balancetes da semana. Na verdade, a Lua se aprumou só para ela, como se ousasse o vestido mais bonito.
As poucas testemunhas puderam notar esse átimo de vaidade lunar.
Então, uma nuvem negra fechou-lhe o provador.
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