há dias em que minhas iscas fisgam peixes-espada
noutros, o mar não está pra peixe
noutros, o mar não está pra peixe
entender minhas marés, cheias e ondas
é a grã tarefa da existência
é a grã tarefa da existência
no raso, o mar é o que há de mais vulnerável
profundamente, é princípio do verso:
nas águas mais abissais nasce a verdade translúcida
a poesia nua, nadante e absurda
quando lá se consegue mergulhar
Nenhum comentário:
Postar um comentário