(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sumidouro das gentes

Sumidouro recebeu esse nome por conta de um fenômeno do rio Paquequer: suas águas desapareciam debaixo de uma pedra e, mais à frente, ressurgiam vistosas.

O açoreamento do rio extinguiu esse acontecimento em relação às águas. 

Isso, porém, passou a acontecer com pessoas.

Dei-me conta de que, durante o tempo em que por lá estive, sentia-me ora submerso, ora distraído, numa sucessão de superfície/afogamento/superfície. Até que, enfim, respirei intensamente.

Em Sumidouro brotou meu primeiro livro de poemas.

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