(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Serventuário

Quero viver de poesia
na serventia, detrás do balcão:
"atendimento ao público- entre sem bater"

Às vezes sou mais o poeta:
pôr paletó na cadeira, andar pela praça;
depois correr pra minha casa, tão bem arquitetada...

E habitar a sós com minha (in)quietude.

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