(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Poema da verdade

Acredito na verdade
Não a que se diz
Mas a que se sente
Dos olhos
Que nunca mentem

Verdade mais pura da lágrima incontinente

Dizem –os sábios – que tudo é impressão
De cada um
Em ângulo, óptica, percepção
E que há um plural verossímil
De crenças por aí...

Assim não penso.
No miolo da gente, há sim um fundo de verdade
Tão imensa, que paira por todo lado
Mas que cada um a vê a seu modo
E dá o nome que lhe convém

Verdade:
Da dor, do sol, da noite
De tudo que não se entende
Mas que se pode sentir.

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