(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

sábado, 7 de abril de 2012

Manifesto contra o desapego

A mulher melosa traz a seiva que alimenta o mundo

as lágrimas que verte causam o curso dos rios
A frieza não lhe cabe, nem lhe conduz a algum lugar

O homem que ama a mulher que ama: preza o amor.

O amor é a reverberação que faz sentido aos ouvidos;
É o lapso do suspiro que dá vazão ao respirar ;
É a coragem de arder-se por dentro, sofrer, rasgar-se.

Saber-se vivo,
saber-se noutro, um instante e, então,
voltar a si, mais íntegro.

A mulher é íntegra quando cumpre o dever poético de amar
(sempre)

Por tudo, desapego é covardia, diminutivo do que se é capaz:
a fêmea está sempre prenhe
de amor
até que a vida lhe (arre)bente.

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