esboços de poesia cotidiana
(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)
sábado, 21 de fevereiro de 2015
mormaço
tá tudo bem
(melhor do que já esteve)
mormaço, mas o dia é quente
há praia
e carioca inda pensa em carnaval
(sigo alheio à fantasia)
...
no céu, o sol nubente das nuvens
revela realidades:
"a felicidade é arisca
quem a arrisca
petisca-se
e logo a faz morrer"
olhos nos olhos
nossos olhos não são páreos;
em pares alheios e caolhos
entreolham mirolhos
até que:
um cisco acolho
pisco
e tuas miradas me fogem das vistas.
fingidor
deveras sinto;
não minto minha dor:
saudade deveras
Inconjugável
à
primeira pessoa
o plural soou defectivo
más línguas tocavam
alheios sons
como alhos e bugalhos
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
bicicleta
ganhei minha primeira aos seis anos
depois de um tempo, sem rodinhas
senti a rápida liberdade em volta de casa
até que abri a testa e fiquei ensanguentado
mais tarde, comprei a segunda
com algumas economias
brinquei por um tempo
até dispensar as duas rodas
passei anos convencido:
a perspectiva de dois pés me bastaria
engano meu
hoje tive a terceira, alugada
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Anacronismo
quando o presente não se deu
vejo atualidade no passado
presenteio um tempo meu
ao sabor da brisa arrastado
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