(qualquer verossimilhança é mera descoincidência)

terça-feira, 18 de maio de 2021

souvernir

[as coisas tangíveis tornam-se inservíveis]

pobre de quem não soube atento
nem lembrou a tempo 
o que havia a lembrar

pobre de quem urgiu o físico
e sem olhar metafísico
nada alcançar

não se perde o perdido
não se esquece o ignoto
o que jamais foi, agora, nunca será
 
a lembrança, caríssimo, não tem muro nem dono
não ornamenta a sala de estar

cabe só 
num coração sem fronteira

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