O dia fatigado ao sopro fino do inverno esvaído
trouxe-lhe respostas imediatamente óbvias sobre soluções cotidianas:
-quando nada acontecer no tempo esperado, aperte um botão
(abrirá, ao menos, o sinal de pedestres ou a porta do trem urbano)
dessa revelação, transborda uma questão cruel:
o que fazer dos problemas desautomatizados, quando não se vê onde apertar?
aperta-se o botão da camisa, como placebo?
ou o imaginário botão do peito, que faz cessar o doer?
ou o botão da rosa abrirá o poeta da cela do lirismo?
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