Passo ardendo pela orla
sob sol sincero de domingo
esqueço o redor em volta
todo dentro do meu som
Passa-me um punguista-ciclista
sem cuidado, com minha ambulante ausência
e me bate no peito:
foi-se todo ouro que me restava naquele cordão...
Ah, se me levam também esses óculos escuros!
perco ainda minha liberdade poética
de chorar escondido pela multidão.
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