que se coa em pano gasto sem perder aroma;
o café da padaria velha já bebeu Bilac, Dona Maria, João Pedreiro e Dr. Alcides, no intervalo da audiência.
A xícara velha já pousou em mãos tremulas, nos primeiros acordes da manhã; já ganhou carícias da mulher enamorada, que sorvia um intervalo de sonho nas burocracias diárias.
O café da padaria velha já foi colônia, império e hoje celebra a República
nos descafeinados debates sobre a derradeira rodada do campeonato.
O café tão cúmplice, tão brasileiro
coadjuvante sem roteiro:
morre em pé,
por algumas moedas.
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