Revendo fotos de colégio
(cuja existência desconhecia)
aponto:
o da direita, virou dentista, protético, mudou-se pro nordeste;
ali, o que gostava de física, pai solteiro, foi a Havard;
o de cima é engenheiro no interior de São Paulo;
a garota mais bonita, casou-se e embarangou.
(Ah, quanto já lhe ensaiei de poesia!)
De todos, a maioria perdi de vista;
meus amigos revejo às vezes.
Já não somos mesmos,
mas nos lembramos vivamente de quando ainda éramos.
A lembrança me é remota e presente,
uma alma estranha que invade a madrugada desse quarto.
Pergunto se sou o que pretendia, à época;
o quanto fui, deixei de ser, ainda hei...
Certo é o destino:
o que segue sem espera
esparramando o desencontro.
Genial!
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