quando volto às nascentes
bebo a mesma água
sob outros reflexos
destes tempos correntes
panta rei?
pois não sei
se passou
ou segue
o que imaginei passar, vai hirto à próxima curva da memória
o que imaginei ficar, está desfeito pela névoa da cerração
feito açúcar ao relento
embebido do orvalho da montanha
-desta montanha onde guardo meus segredos
este baú de lembranças vagas
que voltas e meias viajo e me revejo tanto
sim, às nascentes, estou às voltas
águas que me irrigam o canto
nesta altitude onde gravita meu irremediável quebranto
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